Apresentação/Introdução
Em 12 de novembro de 2020 no município de Bauru foi implantado o Ambulatório especializado à população transexual e travesti com objetivo promover o cuidado integral deste seguimento populacional. O Ambulatório TT de Bauru tem 120 pessoas cadastradas, sendo 63 Homens Trans, 55 Mulheres Trans e 01 Não Binário. O acompanhamento regular com atendimentos individuais e grupais faz a invisibilidade dar lugar à visibilidade. Os atendimentos estão sendo realizados através do acolhimento inicial, avaliação social, avaliação psicológica, avaliação de enfermagem e avaliação com médica endocrinologista. Diante dos atendimentos e das necessidades individuais é direcionado para o grupo terapêutico, processo de hormonioterapia, cadastramento de intenção para cirurgia de redesignação de gênero, atendimento familiar, mediação nas relações laborais, entre outras. É possível transformar a vida da população trans desconstruindo o ciclo de violência e promovendo a visibilidade, autonomia e empoderamento.
Objetivos
Objetivo geral promover o cuidado integral deste seguimento populacional. Objetivos específicos propiciar atendimento interprofissional e propiciar acesso aos serviços de saúde e demais dispositivos se fizer necessário.
Metodologia
A população Transexual e Travesti são invisíveis diante do olhar preconceituoso e estigmatizante da sociedade, assim o Ambulatório TT foi idealizado e implantado buscando dar espaço para ser e sentir sem medo da discriminação e do preconceito.
Resultados
Os atendimentos estão sendo realizados através do acolhimento inicial, avaliação social, avaliação psicológica, avaliação de enfermagem e avaliação com médica endocrinologista. Diante dos atendimentos e das necessidades individuais é direcionado para o grupo terapêutico, processo de hormonioterapia, cadastramento de intenção para cirurgia de redesignação de gênero, atendimento familiar, mediação nas relações laborais, entre outras. O Ambulatório TT de Bauru tem 120 pessoas cadastradas, sendo 63 Homens Trans, 55 Mulheres Trans e 01 Não Binário. O acompanhamento regular com atendimentos individuais e grupais faz a invisibilidade dar lugar à visibilidade.
Conclusões
O Ambulatório TT na área da saúde busca realizar suas ações intersetoriais e interdisciplinares, mas é necessário efetivar políticas públicas específicas, transversais e interseccionais. É possível transformar a vida da população trans desconstruindo o ciclo de violência iniciado normalmente nas famílias, posteriormente nas escolas, nas relações sociais, no espaço do trabalho, nas políticas públicas, nas instituições evitando sofrimento e até mesmo a morte. Morte essa que pode ser do corpo físico ou a morte social, sendo a última mais dolorosa na qual o indivíduo morre um pouco todos os dias pela ignorância da sociedade. REFERÊNCIAS BENEVIDES, Bruna G., NOGUEIRA, Sayonara Naider Bonfim. Dossiê dos assassinatos e da violência contra travestis e transexuais brasileiras em 2020. São Paulo: Expresso Popular, ANTRA, IBTE. 2021. PARDINI, B.A.; OLIVEIRA, V.H. Vivenciando a transexualidade: o impacto da violência psicológica na vida das pessoas transexuais. Psicologia - Saberes & Práticas, n.1, v.1, 110-118, 2017. SILVA, Glauber Weder dos Santos, et al. Situações de violência contra travestis e transexuais em um município do nordeste brasileiro. Rev Gaúcha Enferm. 2016 jun;37(2):e56407
Palavras-chave
Transexualidade, Travesti, Estigma, visibilidade.