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Joinville - SC

A IMPLANTAÇÃO DO ACOLHIMENTO EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE PRISIONAL

Autor(a): Viviane Alano da Silva Ruzza

Coautor(a): Francielly Klein Amorim, Chana Gresiele Beninca

Ano: 2018

Apresentação/Introdução

I- Essa experiência traz a implantação do acolhimento na Unidade Básica de Saúde Prisional (UBSP), buscando facilitar o acesso da Pessoas Privadas de Liberdade (PPL) aos serviços ofertados. O acolhimento às demandas espontâneas foi reconhecido como um processo de trabalho interdisciplinar e de reorganização do processo de trabalho, ampliando a oferta e flexibilizando os horários de atendimento

Objetivos

Melhorar a forma de atendimento, envolvendo a equipe de agentes penitenciários, diminuindo o tempo de espera e os comprometimentos ocasionados pela não assistência em saúde as PPL, através da implantação do acolhimento na unidade de saúde prisional

Metodologia

Nesta nova modalidade de acolhimento o usuário solicita atendimento ao agente penitenciário o qual o conduz até a UBSP sem a necessidade de agendamento. A partir da entrada do indivíduo na unidade, este será acolhido por qualquer profissional da equipe de saúde realizando escuta qualificada da demanda, e realizando o encaminhamento da PPL ao atendimento necessário (médico, de enfermagem, odontológico, psicossocial, etc.). Desta forma, foi possível ofertar à PPL acesso diário à UBSP com acolhimento, escuta qualificada e atendimento imediato ou não, conforme o risco avaliado pelo profissional, mantendo-se o agendamento para os casos crônicos.

Resultados

No período de um ano (01/05/15 a 01/05/16) em que a unidade básica realizava o atendimento de forma agendada, ocorreram 893 atendimentos multidisciplinares. No mesmo período de 2016 a 2017 ocorreram 7.452 atendimentos, correspondendo a um aumento de 83,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior. A implantação do acolhimento fez com que, a PPL tivesse seu acesso facilitado ao serviço, consequentemente, também ocorreu a redução das demandas judicias. Efetivou-se o acesso à atenção primária em tempo hábil, diminuindo os atendimentos em Pronto Atendimento e internações hospitalares. A UBSP vem recebendo o reconhecimento por parte das PPL, seus familiares e dos agentes penitenciários

Conclusões

A prática do acolhimento instituída, permitiu a reflexão sobre o seu potencial enquanto ferramenta estratégica de cuidado e de reorganização do processo de trabalho. A partir da implantação, constatou-se a ampliação do acesso ao serviço de saúde, a diminuição da hospitalização, e a mudança do posicionamento de boa parte da equipe de agentes penitenciários no que diz respeito à garantia do atendimento em saúde a PPL e o aumento do vínculo

Palavras-chave