Apresentação/Introdução
O uso da Teleconsultoria no fluxo de encaminhamento à ortopedia, promove o aprimoramento, a equidade e a integralidade do acesso. O Telessaúde é ferramenta de articulação entre Atenção Primária (AP) e Atenção Especializada (AE) pois estimula uma nova forma de comunicação entre estes pontos de atenção, amplia a resolubilidade na AP e diminui consideravelmente o número de encaminhamentos.
Objetivos
O trabalho desenvolvido tem por objetivo qualificar a rede de atenção à saúde em todos os níveis, além de ofertar atividades de tele-educação voltadas para as principais dificuldades apontadas na gestão da fila.
Metodologia
Inclusão da Teleconsultoria compulsória como etapa principal do encaminhamento à Ortopedia, criação de canal de comunicação entre especialista e solicitante, implantação de sistema eletrônico de informação para gerenciamento do processo de regulação (solicitação e priorização do caso), autorização de solicitação para exames complementares de Alto Custo para profissionais da AP com aval do especialista, divulgação do conteúdo do Telessaúde a todos os profissionais da AP e realização de aulas presenciais de exame físico em Ortopedia.
Resultados
Redução de 78% na fila de espera para 1ª consulta de Ortopedia; Redução do tempo de espera de 13 para 2 meses. 75% dos casos em média, resolvidos com auxílio da Teleconsultoria; Redução de 50% dos encaminhamentos da Ortopedia Geral para as sub especialidades. Pacientes encaminhados com o tratamento conservador já instituído e exame de imagem já solicitado e realizado; Construção de protocolos clínicos mais realísticos. Boa aceitação das capacitações presenciais realizadas por Ortopedistas e Reumatologistas; Incorporação do Telessaúde como passo importante e necessário no processo regulatório; Manutenção dos pedidos de encaminhamento mesmo com aumento do quadro de profissionais.
Conclusões
O uso do Telessaúde como ferramenta de educação permanente, associado à Regulação, pode reduzir as filas de espera, permite a melhor priorização de casos e garante a equidade sem restringir o acesso. Possibilita a manutenção dos encaminhamentos, uma vez que o processo de educação permanente torna a AP realmente mais resolutiva, auxiliando também na construção de protocolos clínicos e de acessos mais adequados à realidade local do Município.