Apresentação/Introdução
O município de Piedade de Caratinga/MG, com 8130 habitantes localizado na Região de saúde Leste foi atingido pelo surto de Febre Amarela em 2017. Os primeiros casos surgiram na última semana de dezembro de 2016. Ao assumir a gestão 2017-2020 nossa equipe deparou-se com um surto em grande escala. Fez-se necessário uma rápida articulação das equipes de saúde para atender ao surto.
Objetivos
A presente experiência propôs processo de trabalho multiprofissional e integrado junto aos profissionais para identificar as fontes de contágio, imunizar a população, notificar e investigar casos prováveis e garantir a assistência aos usuários.
Metodologia
O processo foi todo conduzido pelo Gabinete dos Secretários de Saúde, no período, junto com os coordenadores da atenção básica e de vigilância em saúde envolvendo também: todos os profissionais das ESFS, equipe de Vigilância em Saúde, PM/MG, SES/MG, Ministério da Saúde e Poder Executivo Municipal. As ações desenvolvidas foram: mapeamento e visita in loco por ACES para identificação e coleta de material para análise de epizootias, imunização em massa da população alvo, busca ativa dos faltosos pelos ACES, investigação dos casos notificados no SINAN (em campo junto com os servidores da SES-MG e Ministério da Saúde) e digitação e ou processamento das doses de vacinas administradas no SIPNI
Resultados
Após 12 meses de trabalho integrado entre os envolvidos.Alcançou-se: -100% da população alvo imunizada sendo 4237 doses administradas,3989 doses campanha de bloqueio, 228 rotina e 20 no período de intensificação ; -100% das doses administradas de vacina contra FA digitadas-enviadas ao SIPNI; -Base do SINAN qualificada: 35 casos notificados de FA em humanos,15 com campos obrigatórios em branco, 08 casos confirmados/curados, 05 casos de óbitos por FA, 04 duplicadas e 03 casos descartado e 04 casos de epizootias 02 casos duplicados; -Encerramento de 19 casos no SINAN e 16 em investigação-encerramento; -Conhecimento e monitoramento de 100% dos locais de ocorrência de epizootias"
Conclusões
Vivenciou-se o princípio da intersetorialidade no SUS. Com planejamento integrado e uso das ferramentas de gestão de baixo custo e alta efetividade (busca ativa, informatização da saúde, análise de situação de saúde) em curto período de tempo diminuiu o impacto do surto na vida dos cidadãos, garantiu a proteção contra novos casos, protegeu as fronteiras com divulgação dos focos de infecção e ampliou-se a visão para possíveis novos surtos.