Apresentação/Introdução
O CAPS substitui o modelo de tratamento das novas diretrizes e políticas públicas em Saúde Mental, com o objetivo de acolher e cuidar da singularidade. Propiciar um enfoque terapêutico em grupos, promove a reabilitação do indivíduo, além do vínculo entre os participantes, desenvolver a autonomia e a co-responsabilidade do indivíduo que passará a ser protagonista pelas mudanças em sua vida.
Objetivos
Criar um espaço para reflexão, em que o usuário com sintomas de ansiedade e depressão possa buscar o sentido de suas próprias vivências, tentando encontrar uma resposta diferente para sua realidade psíquica, marcada pela fragilidade e angústia.
Metodologia
Trata-se de uma pesquisa quanti-qualitativa na modalidade exploratória, realizada entre os meses de dezembro de 2017 a maio de 2018, buscamos desvelar os benefícios da psicoterapia em grupo com os usuários do Centro de Atenção Psicossocial - CAPS I, do município de Feira Nova/PE, que trouxeram como principais queixas sintomatologias envolvidas à ansiedade e depressão, durante os encontros semanais de troca de vivências e experiências no grupo Mentes Inquietas, mediado pela Psicóloga do CAPS. No primeiro e no último encontro foi realizada a aplicação do Inventário de Depressão de Beck – BDI, aos 10 participantes com o objetivo de comparar o nível dos itens associados a sintomas da depressão.
Resultados
Participaram 10 indivíduos (8 mulheres e 2 homens) com idades entre 30 e 68 anos. A análise final demostrou a pontuação total do BDI, observando-se que 8 participantes apresentaram no primeiro contato, sintomas de Depressão Grave (DG) e 2 participantes com sintomas de ansiedade. Ao comparar com o último encontro nota-se uma diminuição significativa em relação ao escore bruto inicial, onde 2 participantes deixaram de apresentar a DG, passando 1 para Depressão Leve e 1 para Moderada e 3 participantes mesmo permanecendo em DG diminuiu significativamente os sintomas relacionados à depressão.
Conclusões
A prática da psicoterapia em grupo possibilita as pessoas que se encontram em sofrimento psíquico a troca de experiências, estímulo para resolução de problemas comuns ao grupo, a promoção de potencialidades, força de vontade em superar as limitações, o aumento da autoestima, autoconhecimento, além de promover a reinserção social e propiciar a co-responsabilidade pelo cuidado da própria saúde mental, tornando-os protagonistas de seu tratamento.