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Ponta Grossa - PR

PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA SAÚDE: EFETIVAÇÃO DA CIDADANIA E PROTAGONIZAÇÃO DOS USUÁRIOS ATRAVÉS DO GRUPO DE CONTROLE SOCIAL

Autor(a): Michelle Claudino da Silva Takahashi

Coautor(a): SILVANA CRISTINA SANTI, ELAINE PECLAT BASTOS

Ano: 2018

Apresentação/Introdução

A história da psiquiatria foi um processo contrário aos direitos humanos e de exclusão social. Uma premissa para o impacto da Reforma Psiquiátrica num país, consiste na existência de políticas públicas adequadas na área social e de saúde, na ausência destas e de seu controle social, não se garante a todos o acesso a uma assistência digna, nem se criam novas relações entre loucura e sociedade.

Objetivos

Adequar as tecnologias do cuidado, resgatando o exercício da cidadania e a construção de uma horizontalização no tratamento da saúde, fomentar o protagonismo dos sujeitos nos espaços coletivos e o empoderamento na defesa de seus direitos civis.

Metodologia

A elaboração deste trabalho é pautado em um estudo qualitativo através de um relato de experiência, desenvolvido no grupo de controle social do CAPS AD de Ponta Grossa – PR, que acontece semanalmente, nas quintas-feiras, sendo este grupo aberto com característica heterogênea, sem número determinado de participantes, porém apresenta uma média de 30 pessoas por grupo, podem participar familiares e pacientes de outros serviços da saúde mental, abrange ainda a participação da rede intersetorial, através de gestores da saúde, ouvidoria da saúde, ministério público, defensoria pública, observatório social, assistência social (CRAS e CREAS), INSS.

Resultados

Tem-se como resultados, a participação dos pacientes nas pré-conferências municipais de assistência social, realizadas nos CRAS, sendo nomeados como delegados na conferência municipal de assistência social. Participaram do I Seminário Municipal do Controle Social: Fortalecendo os Movimentos Sociais na Defesa do SUS, onde discutiram propostas das políticas de saúde a serem levadas à Conferência Municipal de Saúde, com sugestões de ações para políticas de saúde do município para os próximos anos: disponibilização de vagas em unidade de acolhimento, negativas das vagas solicitadas em leitos psiquiátricos, disponibilização de leitos psiquiátricos femininos e infantojuvenil no município.

Conclusões

Nota-se que ainda há necessidade de mudanças na prática de assistência psiquiátrica nos serviços extra-hospitalares. Portanto a reforma psiquiátrica vem legitimar aos portadores de sofrimento mental, um espaço concreto de cidadania, fomentando a protagonização e transformação social, de modo a resgatar as suas próprias vidas, como legítimos cidadãos de direitos, dentro de uma sociedade ainda excludente e preconceituosa.

Palavras-chave