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Limoeiro do Ajuru - PA

A EXPERIÊNCIA DO TEATRO NO ACOLHIMENTO DE USUÁRIOS DE UMA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA RIBEIRINHA NO RIO JAPIIM NO MUNICÍPIO DE LIMOEIRO DO AJURU.

Autor(a): Monica Coelho Rodrigues

Coautor(a): José Raimundo Farias de Moraes

Ano: 2018

Apresentação/Introdução

Nas margens do Rio Japiim em Limoeiro do Ajuru, está instalado a ESFR que atende a população que tira seu sustendo do extrativismo do açaí e da pesca artesanal do peixe e do camarão. Uma população que tem hábitos muito peculiar e um linguajar muito característico, puxado no sotaque da região do Baixo Tocantins. Como uma forma de bem acolher os usuários, foi criado o grupo de teatro na ESFR Japiim.

Objetivos

O objetivo deste projeto é passar orientações sobre saúde a população adstrita da ESFR Japiim, de forma lúdica e acolhedora usando o linguajar que se fala no dia a dia ou estar no inconsciente do imaginário popular da região e interagir com o usuário

Metodologia

Os ACS apresentam as propostas de temas a serem trabalhados a técnica da ESFR, trabalha de forma objetiva o assunto e repassa para o grupo de teatro, este traduz para a linguagem cabocla e é feita uma marcação do tempo de intervenção nas falas para a orientação cientifica do assunto abordado. No acolhimento a trupe de teatro geralmente formado por um pai, uma mãe e dois filhos ou um amigo da família, entram no espaço do acolhimento e interagem com os usuários e tronam-se um deles, discorrendo sobre o tema, e explica tecnicamente em linguagem rápida sobre o assunto que depois no atendimento em consultório é reforçado e tirado as dúvidas mais individuais.

Resultados

Após as primeiras ações do grupo de teatro no acolhimento a frequência de usuários e o interesse por temas e assuntos relacionados a saúde/doença aumentaram em torno de 80%. A ESFR-Japiim mantem após as primeiras apresentações do grupo de teatro no acolhimento uma grande frequência nas reuniões e encontros de pacientes diabéticos, hipertensos e gravidas.

Conclusões

Constatou-se que após a experiência de acolher de forma lúdica, mexendo com o imaginário coletivo, teve-se maior interação com o usuários e se criou uma relação de proximidade e de respeito. A linguagem cabocla na região do baixo Tocantins é de certo modo uma identidade que passa pela questão cultural e de identidade da região, quando o usuário se vê representado, ele interage de forma mais participativa e mais frequente.

Palavras-chave