Apresentação/Introdução
O uso de plantas medicinais e a fitoterapia fazem parte da medicina popular ao longo das gerações. O resgate dessa prática e sua introdução na Atenção Básica vêm crescendo nos últimos anos, seja pelos avanços científicos que comprovam sua eficácia, seja pelo baixo custo associado ao uso dessas plantas. Com isso, o objetivo do projeto foi resgatar do uso das plantas medicinais no município.
Objetivos
Resgatar o conhecimento popular sobre as plantas medicinais e inserir a fitoterapia em ações e programas na atenção primária à saúde no município de Nossa Senhora do Socorro-SE.
Metodologia
Aplicou-se um questionário no 1º Seminário de Plantas Medicinais, ocorrido no município em 2017. Neste, foi avaliado entre os 138 (cento e trinta e oito) participantes, o uso e o conhecimento das plantas medicinais. Foram realizadas oficinas e palestras relacionadas ao cultivo e utilização adequada das ervas e orientações no preparo de chás. Foram selecionadas 03 (três) Unidades Básicas de Saúde para a construção de hortas medicinais. Distribuídos panfletos, cartilhas educativas e doadas plantas oriundas do horto medicinal da Secretaria Municipal de Agricultura aos usuários nos estabelecimentos de saúde.
Resultados
Analisando-se o questionário, verificou-se que o conhecimento popular sobre as plantas medicinais ainda é muito utilizado. As plantas mais citadas na pesquisa foram: hortelã, erva-doce, erva-cidreira, camomila e boldo. Observou-se ótima aceitação e sensibilização da comunidade e profissionais da saúde, no período das capacitações, totalizando 900 (novecentas) pessoas. Através das ações e programas voltados para esta prática nas UBS e, pela procura constante por plantas medicinais pelos usuários, percebeu-se a necessidade de se cultivar mais espécies no horto municipal. Atualmente, a Secretaria Municipal de Agricultura cultiva cerca de 55 (cinquenta e cinco) espécies de plantas medicinais.
Conclusões
A pesquisa mostrou que as plantas medicinais são bastante utilizadas pela população de Nossa Senhora do Socorro, por se tratar de uma alternativa barata e eficaz. Com as ações e programas introduzidos nas Unidades Básicas piloto sobre a fitoterapia, observou-se uma maior procura por parte dos usuários, pelas plantas medicinais como forma de prevenção de algumas doenças, reduzindo consequentemente a procura por medicamentos alopáticos.