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Dia Mundial Sem Tabaco: experiência no controle do tabagismo é destaque na Mostra Brasil, aqui tem SUS


29/05/2020 15h44

O Dia Mundial Sem Tabaco, 31 de maio, foi criado em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para alertar sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo. O Instituto Nacional de Câncer (Inca), órgão responsável pelas ações de elaboração e divulgação de materiais relacionados ao Dia Mundial sem Tabaco no Brasil, vem fazendo uma série de orientações sobre o tabagismo em tempos de pandemia do novo Coronavírus. As recomendações destacam que deixar de fumar traz benefícios imediatos, incluindo a redução dos riscos de desenvolver complicações pela doença causada pelo vírus. 

Em estudos que mostram a relação entre o tabagismo e os grupos de risco para a Covid-19, dados apontam que a combinação entre a doença e a nicotina é extremamente prejudicial para os fumantes. Os riscos de infecções respiratórias e de doenças pulmonares e cardiovasculares se tornam mais acentuados. Para além da situação de pandemia, Estudo do Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), realizado em 2019, nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal, com um universo de 52.443 entrevistas, apontou 9,8% de fumantes. O índice é 0,5% mais alto que o apurado em 2018.

Brasil, aqui tem SUS

Estratégias de prevenção e controle do tabagismo são adotadas pela equipes de Atenção Básica de municípios em vários estados do país. Em Balsas-MA, foi implantado nas UBS o Programa Nacional de Controle ao Tabagismo dado o alto índice de fumantes no município. O projeto alcançou resultados significativos, e foi premiado na 16ª Mostra Brasil aqui tem SUS.

Confira o Webdoc Brasil, aqui tem SUS gravado em Balsas-MA em dezembro de 2019:

A autora do projeto, a enfermeira Maria Luiza Nunes, explica que, no município, foi estabelecido um fluxo para o tratamento de quem quer parar de fumar. “Detectamos o grau de dependência através de um exame de nicotina e assim encaminhamos cada usuário para o início do tratamento. Usamos medicamentos recomendados e orientações do Ministério da Saúde, como adesivos e ansiolíticos para auxiliar os pacientes”. 

A enfermeira comenta que, como principal estratégia, são realizadas rodas de conversa em encontros semanais e terapia em grupo usando a metodologia cognitivo comportamental. “No primeiro encontro, que dura mais de uma hora, eles relatam a relação que tem com o cigarro, muitos começaram a fumar desde a adolescência. Na segunda semana, eles comentam sobre as dificuldades e como foram os primeiros dias sem fumar, e assim o grupo vai sendo acompanhado nesse processo”. 

O programa traz o cuidado que prioriza um investimento a longo prazo. “É trabalhado com os usuários a compreensão em relação aos problemas que o cigarro pode cansar e, a partir dessa mudança de hábito, evitamos problemas pulmonares, internações, câncer… ou seja, trabalhamos para uma real uma mudança de vida da pessoa”. 

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