58º episódio do Estação SUS aborda Desinstitucionalização em Saúde Mental

O novo episódio do Estação SUS trata de questões essenciais no cuidado de pessoas com transtornos mentais e sofrimento psíquico nos ambientes fora da internação. Participam do videocast, Flávio Álvares, assessor técnico do Conasems e o psicólogo do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) no DF e apoiador institucional do Ministério da Saúde, Filipe Braga, para falar sobre “Desinstitucionalização em Saúde Mental”.

Durante o programa, são analisados os movimentos internacionais e nacionais que culminaram na Reforma Psiquiátrica do Brasil, que substituiu tratamentos baseados em internação compulsória, para um modelo de cuidado humanizado. 

Outro ponto da Reforma é o tratamento de pacientes em crise na Atenção Primária à Saúde. De acordo com Braga, se o território não possui serviços que atendam às pessoas em crise por sofrimento mental, como o CAPS do tipo III, leitos em hospital geral e equipes volantes, as crises dos pacientes podem se intensificar, exigindo a institucionalização. “A medida que essa pessoa mora por mais tempo no hospital, ela vai perdendo funções importantes, como a noção de autocuidado e de convivência social”, alerta.

De acordo com Flávio, a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) também precisa estar preparada para amparar quem está deixando a internação compulsória. “Não necessariamente, a pessoa que sai dos muros do manicômio está desinstitucionalizada. Muitas vezes, ela continua se sentindo institucionalizada e está estigmatizada, mesmo dentro de um serviço terapêutico”, ressalta.

O programa também explica como funcionam os Serviços Residenciais Terapêuticos do SUS, que oferecem moradia e convivência social. Aborda ainda o trabalho dos Centros de Convivência, espaços onde são promovidas práticas de autonomia, cultura, lazer, esporte e arte como formas de remissão e estabilização desses pacientes.

Novo episódio do Estação SUS nesta quarta-feira (16/04), às 15h30, em todos os canais do Conasems.