Estação SUS discute os desafios da nova onda de febre amarela

O avanço de novos casos de febre amarela no Brasil e os desafios enfrentados para o controle da doença são tema do novo episódio do Estação SUS. O programa vai ao ar nesta quarta-feira (14/05), às 15h30, nos canais oficiais do Conasems.

Participam do debate o assessor técnico do Conasems, Alessandro Chagas, e o médico infectologista André Ribas Freitas, professor de Epidemiologia da Faculdade São Leopoldo Mandic, em Campinas (SP). Os especialistas discutem as possíveis causas da atual onda da doença e reforçam a importância da vacinação como principal estratégia de prevenção.

Durante o videocast, André Ribas alerta para o risco de reurbanização da febre amarela, transmitida principalmente pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue. “O Aedes aegypti não é um transmissor eficiente da febre amarela, mas em situações de alta infestação, clima favorável e baixa cobertura vacinal, é uma possibilidade que tem que ser considerada”, afirma. Para o infectologista, o investimento mais eficaz é a ampliação da imunização. “Precisamos garantir que toda a população elegível esteja vacinada.”

Alessandro Chagas reforça o papel da vacinação como estratégia prioritária e chama atenção para a distribuição equitativa das doses. “O importante é o fortalecimento da vacinação em todas as regiões; e, caso a vacina não seja suficiente em todas as áreas, é importante priorizar o campo, sem descuidar das cidades”, defende.

O Estação SUS é uma produção do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) voltada a gestores e profissionais da saúde, com foco em boas práticas no Sistema Único de Saúde.