12/09/2025
12/09/2025 11h06
Por SESAU-AL, com informações do Cosems-AL
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau-AL) e a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), vinculada ao Ministério da Saúde (MS), realizam evento para alinhar estratégias de fortalecimento ao combate à doença meningocócica em Alagoas. O encontro ocorre nos dias 11 e 12 de setembro, na Sala de Situação da Sesau, em Maceió (AL), e contou também com representantes do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems-AL) e do Conasems.
Durante o encontro foram alinhados protocolos de vigilância, diagnóstico precoce e o reforço da prevenção como medidas para reduzir os riscos à saúde da população alagoana. Já no período da tarde, os grupos técnicos visitaram as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no município de Campo Alegre (AL).
Para o presidente do Cosems-AL e vice-presidente do Conasems, Rodrigo Buarque, o encontro reforça o compromisso coletivo entre os entes federados, tendo em vista ações conjuntas na redução de casos e óbitos no estado.
Durante a reunião, a assessora técnica do Conasems, Kandice Falcão, enfatizou a importância da integração entre a Atenção Primária à Saúde e a Vigilância, e destacou a necessidade de investimentos contínuos na capacitação das equipes de saúde, garantindo a tomada de decisões alinhadas com os protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde. “A doença meningocócica é um grande desafio para o SUS: exige diagnóstico rápido, tratamento oportuno, vigilância epidemiológica eficiente e altas coberturas vacinais. Por isso, discutir de forma tripartite as ações voltadas para o controle das meningites em Alagoas é tão importante, pois podemos alinhar estratégias, compartilhar experiências e buscar soluções conjuntas para reduzir casos e salvar vidas”, afirma. A assessora destacou a participação de diversos municípios alagoanos no evento, bem como a articulação entre a Rede Conasems-Cosems.
Para Kandice, a participação do Conasems reforça seu compromisso em apoiar os municípios para que tenhamos equipes mais qualificadas, protocolos implantados, acesso garantido aos medicamentos, insumos necessários e estratégias de comunicação eficazes com a população.
A Doença Meningocócica é uma infecção grave, causada pela bactéria Neisseria meningitidis, que pode evoluir rapidamente e provocar complicações severas. No período de 1º de janeiro a 1º de setembro deste ano foram notificados 14 casos e seis óbitos de Doença Meningocícica em Alagoas.
Nos quadros muito graves ela é denominada como Doença Meningocócica Invasiva. Os sintomas iniciais são semelhantes ao de outras enfermidades, o que torna o diagnóstico difícil, uma vez que, além de febre alta, o paciente sente dor de cabeça, náusea, vômito, aumento da sensibilidade à luz (fotofobia) e importante queda do estado geral.
Há, no entanto, alguns sinais que fortalecem a suspeita de que o quadro é de meningite meningocócica, como a existência de petéquias, manchas marrom-arroxeadas, provenientes de pequenos sangramentos dos vasos da pele. Outros sintomas são a rigidez do pescoço e da nuca (que pode não estar presente, sobretudo em crianças com até 2 anos de idade).