10/10/2025
10/10/2025 11h12
Por Conasems
Na quarta-feira (08/10), em Brasília (DF), o Conasems participou do Global Forum - Fronteiras da Saúde 2025. O evento, realizado pelo Instituto Lado a Lado Pela Vida, reúne agentes da sociedade para discutir os desafios e propor soluções para a sustentabilidade dos sistemas de saúde público e suplementar.
Hisham Hamida, presidente do Conasems, esteve presente na cerimônia de abertura junto a outras autoridades da saúde do país. Na sua fala, destacou alguns dos desafios dos municípios brasileiros, sobretudo, na conscientização das pessoas acerca da relevância da prevenção.
“O processo de educação é um grande desafio para a gente conscientizar toda população sobre a importância do cuidado”, comentou, citando o exemplo da vacina contra o HPV – fundamental para a prevenção do câncer de colo de útero – , que enfrenta resistência por parte da população brasileira.
Mais do que ampliação de diagnóstico e de tratamento, o presidente do Conasems afirmou que “precisamos garantir o acesso ao cuidado e ao tratamento em tempo oportuno em todas as regiões do nosso país”, comentando acerca dos vazios assistenciais e da densidade tecnológica de cada território.
Ainda na manhã de quarta, Cristiane Pantaleão, diretora financeira do Conasems, participou como moderadora da mesa “Cardiovascular e Câncer: os desafios dos municípios”.
Após falas de outras participantes sobre câncer colorretal, de colo de útero e doenças cardiovasculares, Cristiane falou sobre a necessidade de capacitação de profissionais da Atenção Primária à Saúde, responsável por “resolver 80% dos problemas de saúde da população”.
Para ela, para além da centralização do cuidado na figura de um médico ou enfermeiro, um trabalho de prevenção resolutivo só vai ser atingido por meio da capacitação de uma equipe multiprofissional na APS, presente em todos os municípios brasileiros.
Já à tarde, Cristiane Pantaleão participou também da mesa "Financiamento da Saúde na ponta do lápis". A discussão abordou os desafios de orçamento que os gestores enfrentam e possíveis soluções.
Na ocasião, a diretora financeira do Conasems ressaltou que, em geral, a população não tem dimensão do real valor disponibilizado para a realização das atividades do SUS.
“Às vezes, as pessoas pensam ‘mais de duzentos e tantos bilhões, é tanto dinheiro!’ [...] Mas isso dá uma média de 180 reais ao mês para garantir tudo o que temos que garantir por pessoa. Hoje, um plano de saúde, uma média, custaria quanto? Ele garante medicamento? Faz visita domiciliar? Garante vacinas? Garante transplante? Não. O SUS garante. Com 180 reais mensais”, disse.
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