30/12/2025
30/12/2025 15h43
Por Conasems

Em Araçatuba, São Paulo, a ampliação da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) exigiu a reorganização de processos de trabalho a fim de garantir a prestação de assistência de melhor qualidade para a população.
Intitulado “De gestor e louco, todo mundo tem um pouco: protagonismo dos usuários no processo de planejamento participativo dos serviços de saúde mental”, o projeto foi premiado na 20ª Mostra Brasil, aqui tem SUS, em cerimônia realizada em meio à programação do XXXVIII Congresso do Conasems, em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Assista ao episódio completo, disponível a partir das 18h desta terça-feira (30/12), no canal do Conasems no YouTube e na programação da TV Mais Conasems.
Desde 2016, o município paulista conta com diferentes Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), contemplando o público infantil, público dependente de álcool e drogas, pessoas com transtornos mentais graves (CAPS III).
Alessandra Maria Pedroso Mendes, articuladora de Saúde Mental e autora do projeto, explica que a iniciativa teve como objetivo a organização dos processos de trabalho das equipes de saúde mental do município para traçar os perfis e diagnósticos dos usuários.
“A Secretaria Municipal de Saúde, em 2019, ofereceu apoio institucional. Isso mudou muito os profissionais e nós evoluímos muito após essa oferta”, comentou.

A reorganização da rede foi feita a partir da identificação de fragilidades, da construção de uma matriz de priorização e do desenvolvimento de metodologias para pensar as intervenções e demais ações estratégicas.
Outra medida importante adotada pela equipe foi a incorporação de um processo de escuta ativa dos usuários, a fim de construir coletivamente as estratégias de acolhimento e acompanhamento.
“Procurei o CAPS por indicação e me deparei com uma equipe multiprofissional. Tenho tido retornos positivos com relação ao tratamento”, afirmou Wander Souza da Silva, técnico em segurança do trabalho e usuário do SUS.
A partir da escuta de usuários, foram implementadas também atividades como terapias ocupacionais, reuniões de grupo, artesanato, culinária, ginástica laboral, entre outras. Após a reestruturação da rede, as equipes de saúde também notaram queda no absenteísmo de pacientes – ou seja, uma diminuição de ausências em consultas, acompanhamentos e afins.
