27/07/2022
27/07/2022 17h14 - Atualizada em 27/07/2022 17h14
Para marcar o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, celebrado nesta quinta-feira (28), o Ministério da Saúde lançou, nesta quarta-feira (27), a campanha nacional de prevenção e conscientização contra a doença e atualizou os dados na nova edição do Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais de 2022.
Participaram do lançamento o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga; o vice-presidente do Conasems, Charles Tocantins; a representante da OPAS/OMS no Brasil, Socorro Gross; o Secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros; a Secretária de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos, Sandra de Castro; e o Secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), Hélio Angotti Neto.
Em sua fala, o vice-presidente do Conasems, Charles Tocantins, aproveitou para ressaltar o papel primordial da Atenção Básica no combate das hepatites virais. “Na nossa lógicas, as hepatites precisam ser combatidas pela ampliação e universalização da Atenção Primária à Saúde. Iremos combater as hepatites através da profissionalização e da preparação dos profissionais de toda rede de Atenção Primária, de diagnósticos precoces em suficiência e através da distribuição do tratamento e dos medicamentos”, disse.
Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais
O boletim, que consolida as notificações das hepatites A, B, C e D, tem o objetivo de contribuir para as tomadas de decisões e definições de estratégias de enfrentamento em todo o País.
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De 2000 a 2021, foram notificados 718.651 casos confirmados de hepatites virais no Brasil. Destes, 168.175 (23,4%) são referentes aos casos de hepatite A, 264.640 (36,8%) aos de hepatite B, 279.872 (38,9%) aos de hepatite C e 4.259 (0,6%) aos de hepatite D. Os óbitos por hepatite C são a maior causa de morte entre as hepatites virais. De 2000 a 2020, foram identificados 62.611 óbitos associados à hepatite C (76,2% do total de óbitos por hepatites virais). Em todos os casos, as notificações de casos representaram queda nos últimos anos. A Hepatite A, por exemplo, apresentou redução de 95,6% entre 2011 e 2021.
Hepatites Virais B e C
As hepatites B e C são as principais causas de doença hepática crônica, cirrose hepática e carcinoma hepatocelular (câncer). Dessa forma, a carga de doenças resultante das hepatites virais representa uma questão importante para o Sistema Único de Saúde (SUS). A maioria dos casos não apresenta sintomas até que a doença esteja em estágio mais avançado, o que pode levar décadas para acontecer. O SUS disponibiliza amplamente os testes rápidos para hepatite B, que, por meio de uma gota de sangue, conseguem identificar a presença da infecção. Ainda não há medicamentos capazes de curar a infecção pelo vírus da hepatite B, mas os fármacos atualmente disponíveis corroboram para o controle da carga viral e da evolução da doença.