Proadi-SUS: I Seminário Anual promove avaliação de projetos do programa e impactos na saúde pública do Brasil

O impacto do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) na saúde da população brasileira foi destaque nesta terça-feira, 8, durante a cerimônia de abertura do 1º Seminário Anual de Avaliação de Projetos da iniciativa. O evento, que segue até quinta-feira, 10, em Brasília/DF, busca, por meio de debates, contribuir para a estruturação de metodologias de avaliação para o Programa. Saiba mais aqui.

Segundo o coordenador de Desenvolvimento Institucional do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Nilo Bretas, no contexto do Proadi-SUS, a instituição “sempre trabalhou com projetos que tivessem abrangência nacional”. “É uma preocupação forte de que a gente consiga chegar a todo o país”, salienta.

Instituído em 2009, o propósito do Programa é apoiar e aprimorar o Sistema Único de Saúde (SUS) com recursos provenientes da imunidade fiscal de seis hospitais de excelência (Beneficência Portuguesa de São Paulo, Hcor, Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Moinhos de Vento e Hospital Sírio-Libanês). Dessa forma, por exemplo, o Proadi-SUS reduz filas de espera, capacita profissionais, atende às necessidades atuais da população e promove a qualificação da gestão em todo o país.

“O Conasems, enquanto representação dos 5570 municípios, tem muito orgulho de ter participação nesse processo, não só enquanto componente do comitê gestor, mas também com a proposição de projetos que vão no sentido de abranger todo mundo”, afirma. Nesse sentido, Bretas mencionou que o Conasems está preparando a processo transição entre governos municipais com apoio do Proadi-SUS e do Ministério da Saúde.

De acordo com o Ministério da Saúde, no triênio 2021-2023, foram realizados 169 projetos de apoio ao desenvolvimento institucional do SUS, com investimentos superiores a R$ 2,3 bilhões. Iniciativas em telessaúde como os projetos TeleNordeste e TeleAMEs, que já realizaram mais de 370 mil atendimentos em regiões remotas, são exemplos do alcance e da relevância deste programa.

“Tenho uma expectativa muito grande de que a gente possa tirar propostas muito interessantes, que a gente avance mais e que as experiências e mostras daquilo que foram resultados até agora sejam evidenciadas”, disse o ministro substituto da Saúde, Swedenberger Barbosa.

A representante da Organização Pan-Americana de Saúde e da Organização Mundial de Saúde no Brasil (Opas/OMS), Socorro Gross, falou sobre a importância do Proadi-SUS enquanto ferramenta que contribui para garantir o direito ao acesso universal à saúde no Brasil. Para ela, é fundamental que essas ferramentas “permitam desenvolver políticas públicas mais justas, pessoas mais saudáveis, países mais seguros e com mais justiça social”.