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04/11/2010

Programa de Atenção às Pessoas com Falciforme de Salvador visa garantir assistência integral

04/11/2010 13h29 - Atualizada em 04/11/2010 13h29

Por bravvo

doenaA Anemia Falciforme é a doença genética de maior incidência no Brasil, principalmente entre a população de origem negra. Dados da triagem neonatal mostram que no país nascem cerca de 3.500 crianças por ano com doença falciforme, sendo 1 bebê a cada 1.000 nascimentos. Salvador concentra o maior número de portadores da doença. A cada 650 bebês nascidos vivos na capital baiana, 1 tem doença falciforme, o que representa em média 65 crianças por ano.

A Anemia Falciforme é uma doença de origem genética provocada pela alteração dos glóbulos vermelhos (hemácias) e pode causar vários danos à saúde, como obstrução dos vasos sanguíneos, anemia crônica, febre, crises de dor e degradação do sangue. Pode trazer implicações sérias e até mesmo levar a morte caso não tenha assistência adequada. O diagnóstico precoce, acompanhamento regular com equipe de saúde, além de suporte social podem reduzir e até evitar agravos e complicações. A doença é uma das identificadas no exame do pezinho, e pode ser controlada se tratada desde cedo.

Visando garantir assistência a população, a Prefeitura de Salvador implantou em março de 2005 o Programa de Atenção às Pessoas com Doença Falciforme. A Secretaria Municipal da Saúde passou então a ser responsável por garantir cuidados aos portadores da doença, oferecendo acesso ao diagnóstico, acompanhamento clínico, medicamento, exames de controle/rotina e serviços de média e alta complexidade.

O Programa possui 13 Unidades de Saúde de referência (confira a relação abaixo). Cada unidade possui equipe composta por pediatra, enfermeiro, nutricionista, assistente social e farmacêutico, todos capacitados para receber o paciente portador da doença falciforme.

No que se refere ao diagnóstico precoce, a triagem neonatal é de fundamental importância para mudar o curso da história natural da doença falciforme. Através dela, inicia-se nos primeiros meses de vida o acompanhamento com a equipe de saúde, a disponibilização dos medicamentos, e a orientação aos familiares sobre a doença e os cuidados necessários. Deste modo, é possível reduzir a morbimortalidade e melhorar a qualidade de vida. A APAE foi credenciada como Serviço de Referência em Triagem Neonatal na Bahia desde 2001.

Recentemente, a Secretaria Municipal da Saúde, representada pela coordenadora do Programa de Atenção às Pessoas com Doença Falciforme, Maria Cândida Queiroz, participou do 1ST Global Congress On Sickle Disease em Accra/Ghana, a convite do Ministério da Saúde. A troca de experiência e conhecimento com representantes de outras delegações foi de grande relevância, assim como o compromisso firmado para a participação em outros encontros necessários para a cooperação internacional com os países africanos. A cooperação entre o município de Salvador e Angola deverá ser efetivada em 2011.O Brasil tem priorizado as cooperações em Doença Falciforme com os países do continente africano, tornando-se referência para essas nações por conta dos cuidados implantados no Sistema Único de Saúde – SUS, principalmente na Atenção Primária. A experiência brasileira passou a ser uma alternativa para os países com alta incidência da doença, a exemplo de Gana.

Assessoria de Comunicação da Secretaria de Saúde de Salvador