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Gestão

30/01/2018

Central de regulação de Teresina será referência para todo país

30/01/2018 16h34 - Atualizada em 30/01/2018 16h34

A prefeitura de Teresina, capital do Piauí, doou para o Ministério da Saúde software responsável pela regulação de toda a rede de atenção à saúde do município. Implantado há pouco mais de seis meses, o Software Gestor Saúde fez cerca de 1,9 milhões de agendamentos, uma média de 7500 agendamentos por dia. A mudança gerada pelo novo modelo de regulação diminuiu custos, tempo de espera da marcação das consultas e consequentemente diminuição da fila de internação eletiva.

Segundo o Ministério da Saúde a ideia é que a experiência de Teresina se torne um projeto piloto para aplicação em outras regiões do país. A Central de Regulação Ambulatorial, Internações e Transportes foi tema de reunião no Ministério da Saúde no último dia 9 de janeiro. Participaram da reunião o Ministro Ricardo Barros, o secretário executivo, Antônio Nardi, o prefeito de Teresina, Firmino Filho, o presidente da Fundação Municipal de Saúde de Teresina, Silvio Mendes, técnicos do Ministério da Saúde e representantes de CONASS e CONASEMS.  Após a reunião ficou acertada a visita dos técnicos do MS à Teresina.

Para o presidente da FMS a nova ferramenta evita fraudes e agiliza os atendimentos no SUS, já que todos os beneficiários ficam em uma fila única regulada pela classificação de risco. ” A nova regulação permite a classificação de riscos e ordenação da fila de espera, evitando a regulação paralela. Quanto à regulação hospitalar, foi suprimido o uso de papel. Tudo é online e a internação que antes demorava dois, três meses, fazemos agora em dez minutos. Com a regulação, o leito no hospital não é do médico, nem do estabelecimento de saúde, é da regulação, obedecendo o princípio básico da fila única com equidade”, afirma Silvio Mendes.

“Existiam dois órgãos: Secretaria Municipal de Saúde e Fundação Municipal de Saúde, para gerenciar a rede própria. Tomamos três atitudes iniciais: extinguimos a Secretaria, levantamos a capacidade instalada de todos os serviços públicos, filantrópicos e privados e desenvolvemos dois softwares para regular as consultas especializadas, exames de alto custo e internações hospitalares”, explica Silvio.

 

Central de Regulação

A rede regulada do SUS na capital piauiense tem 3 componentes:

1º) Consultas Especializadas e Exames que permite o acesso de todos os 224 municípios do estado. Todos os computadores estão cadastrados com suas respectivas senhas e IP. Extinguiu-se os acessos indevidos.

2º) Central de Internações Hospitalares, com 2 princípios básicos: classificação de risco e fila única. Acabaram os 8.000 processos mensais em papel, reduzindo o tempo de espera (as UPAS tinham espera média de 23 dias, sendo de menos de 24 horas atualmente) e os leitos disponíveis são ocupados por decisão da Regulação. Tem uma equipe de 19 médicos que percorrem os hospitais e podem também autorizarem internações à distância.

3º) O terceiro componente é a Regulação de Transporte, antes realizado pelo SAMU. São 6 ambulâncias que transferem pacientes entre hospitais, realização de exames especializados, transporte de hemoderivados, etc.