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13/12/2010

Sesau de Alagoas promove seminário sobre o controle do tabagismo nesta terça

13/12/2010 20h11 - Atualizada em 13/12/2010 20h11

Por bravvo

Tabagismo_cigarro_bituca_cinzeiro_9eCom o objetivo de desenvolver a Política de Controle do Tabagismo em Alagoas e o processo de redução da prevalência do tabagismo no Estado, a  Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) promove nesta terça-feira (14), o I Seminário Alagoano de Doenças Tabaco como, neoplasias, doenças do aparelho circulatório e respiratório. O evento será realizado no Hotel Matsubara das 8h às 17h30.

O evento será realizado pela Superintendência de Vigilância à Saúde (Suvisa), através da Diretoria de Promoção da Saúde e Programa de Controle do Tabagismo.  O público alvo são os gestores, técnicos e usuários das áreas de saúde, educação, assistência social, integrantes dos núcleos de promoção de saúde dos municípios.

A coordenadora do Programa de Controle do Tabagismo, Vetrúcia Teixeira Costa, afirmou que o tabagismo é fator de risco para mais de 50 doenças e outros danos causados pelo uso ativo e/ou passivo dos produtos derivados do tabaco. “É necessário que a sociedade, as instituições públicas e privadas se apropriem dos conhecimentos sobre os malefícios provenientes do uso dos produtos derivados do tabaco e suas conseqüências”, frisou Vetrúcia Teixeira.

Ainda conforme a coordenadora, todos os tipos de cânceres têm correlação com o tabagismo. “Quem fuma reduz entre 10% e 15% o seu tempo de vida. A nicotina causa dependência química, física e psicológica. O tabagismo é extremamente nocivo aos homens e às mulheres. Entretanto, nas mulheres há ainda o risco de o vício implicar na saúde do feto. Filhos de mães fumantes têm complicações de saúde, insuficiência respiratória e baixo peso”, alertou Vetrúcia.

Durante o I Seminário Alagoano de Doenças Tabaco-relacionadas haverá palestras sobre “Tabagismo: uma epidemia mundial que exige intervenção coletiva para a promoção da saúde”; “As Conseqüências do Uso dos Produtos Derivados do Tabaco”; “Doenças do Aparelho Circulatório”, “Neoplasias”; “Doenças do Aparelho Respiratório”.

Na programação, constam ainda o Relato de Experiências Municipais na Redução da Prevalência do Tabagismo: Arapiraca, Maceió, Palmeira dos Índios, e São Luiz do Quitunde. Haverá ainda mesa redonda e depoimentos de usuários e profissionais.

O cigarro tem mais que nicotina e alcatrão. São cerca de 4.700 substâncias tóxicas. Do total, 40 são cancerígenas. Estudos mostram que a cada tragada, o fumante manda para dentro do seu organismo um coquetel de substâncias químicas nocivas.

No Brasil, estima-se que cerca de 200 mil mortes por ano são decorrentes do tabagismo. No Nordeste, os fumantes dependentes são 31%. Os moradores da zona rural também fumam mais que os das zonas urbanas.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabagismo é considerado a segunda maior causa de morte evitável do fumante ativo e a terceira do fumante passivo. Oitenta por cento dos cerca de 1,3 bilhões de fumantes vivem em países em desenvolvimento. Na maioria dos países existe uma correlação entre tabagismo, baixa renda e baixo nível de escolaridade.

No Brasil, estima-se que cerca de 200 mil mortes por ano são decorrentes do tabagismo. A proporção de fumantes no país é de 23,9% da população. Segundo dados da PNAD, em 2008, o Brasil tinha 24,6 milhões de fumantes habituais com idade a partir de 15 anos ou 17,2% da população de pessoas dessa faixa etária, sendo 15,1% fumantes diários. A região Sul do país é a que apresenta maior proporção de dependentes – 45% dos fumantes.

Saiba um pouco mais sobre algumas das substâncias encontradas no cigarro:
Naftalina – veneno empregado para afastar baratas, a naftalina provoca tosse, irritação na garganta e náusea. O contato prolongado com a substância ataca os rins e os olhos.

Amônia – usada para limpeza de banheiros, a amônia pode cegar e até matar. A amônia é adicionada ao cigarro para acentuar o sabor do tabaco e aumentar a absorção da nicotina.

Methoprene – inseticida usado como antipulgas, o methoprene provoca irritação na pele e lesões no aparelho respiratório.

Pólvora – explosivo que provoca tosse, falta de ar e até câncer. A pólvora é adicionada ao cigarro para facilitar a queima e produzir uma fumaça suave.

Cádmio – presente em pilhas e baterias, o cádmio é um metal altamente tóxico que causa danos aos rins e ao cérebro. Provoca também perda do olfato e edema pulmonar.

Acetona – usada como removedor de esmaltes, a acetona está presente na fumaça do cigarro, causando irritação na pele, na garganta e dor de cabeça.

Fósforo (P4 ou P6) – usado para matar ratos. É venenoso e letal, dependendo da porção ingerida.
Formol – usado para conservar cadáveres, o formol provoca câncer no pulmão, problemas respiratórios e gastrointestinais.

Acetato de chumbo – usado para tingir cabelos, é um cancerígeno que se inalado ou ingerido atrapalha o crescimento, causa dor de cabeça e pode gerar câncer no pulmão e nos rins.

Xileno – substância cancerígena presente em tintas spray. A simples inalação do xileno irrita fortemente a vista, causa tontura, dor de cabeça e perda de consciência.

Por conta de todos os malefícios causados pelo tabagismo, a Sesau irá implantar, a partir do próximo ano, o Projeto Ambiente de Saúde Livre do Fumo. O projeto será implantado na sede da Sesau, no Ambulatório Dayse Breda e no Núcleo de Atendimento de Medidas Sócio-Educativas (Neas).

Assessoria de Comunicação da Secretaria de Saúde de Alagoas