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Gestão da informação

02/02/2024

MS e MEC credenciam hospitais e serviços especializados do SUS para adesão ao sistema eletrônico AGHU usado pelos hospitais universitários federais da Rede Ebserh

02/02/2024 15h55

O Ministério da Saúde (MS) e o Ministério da Educação (MEC), por meio da Ebserh, lançaram, nesta quinta-feira (1), o Edital de Chamamento para Participação na Comunidade AGHU - um sistema de gestão que opera há dez anos e é utilizado em 41 hospitais universitários federais. O anúncio se deu durante a 1ª reunião de 2024 da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), na sede da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), em Brasília. E contou com a presença da Ministra da Saúde, Nísia Trindade, da Secretária de Informação e Saúde Digital (SEIDIGI/MS), Ana Estela Haddad, do Presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Arthur Chioro, além dos representantes tripartites da saúde.

O chamamento público tem o objetivo de credenciar instituições de saúde interessadas em usar o sistema de gestão e prontuário eletrônico AGHU, que conta com uma base de 25 milhões de pacientes e foi estudado e bem avaliado pelas equipes técnicas do MS. O edital convida as instituições a aderirem à comunidade AGHU e é decorrente do Acordo de Cooperação Técnica nº 02/2023, firmado entre Ministério da Saúde, Ministério da Educação, Ebserh, Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e Conselho Nacional de Secretaria Municipais de Saúde (CONASEMS), em julho de 2023. O sistema apresenta módulos de internação, ambulatório, gestão de sala cirúrgica, farmácia, almoxarifado, dentre outros. Conass e Conasems são atores fundamentais do projeto e atuarão no processo colegiado, levando informações sobre o sistema às cidades e estados. A adesão é gratuita.

Durante a abertura da Tripartite, a ministra Nísia Trindade destacou que a iniciativa “representa o esforço do Ministério da Saúde na linha do SUS Digital, com a criação da nossa Secretaria de Informação e Saúde Digital. O chamamento do AGHU vem avançando naquilo que, já no ano passado, anunciamos, que é esse trabalho de levar a integração de dados dos nossos hospitais. Um momento de alegria poder estarmos aqui hoje, dando mais um passo nessa direção”.

Hisham Hamida, presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), parabenizou Arthur Chioro, presidente da Ebserh, e a Seidigi/MS, sob tutela da secretária Ana Estela Haddad, pela condução do projeto.

"Trata-se de uma aproximação do SUS com os hospitais universitários, algo fantástico e que sentíamos falta. Gostaria de frisar alguns pontos: estamos falando de um software que já nasce ligado a RNDS, e isso é o principal. Nós temos que ter o fortalecimento e o protagonismo da RNDE como base e principal repositório para todos os sistema de informação. Nós temos orgulho de um software público que já tem sua excelência comprovada com a utilização em hospitais e UPAs e queremos pedir o apoio aos hospitais de médio porte para  disseminar e qualificar ainda amais a gestão dessas unidades por meio do AGHU. Parabéns pela iniciativa e contem com os 5.570 municípios", disse Hisham.

Interoperabilidade

A Secretária da SEIDIGI, Ana Estela, detalhou o processo de preparação para a adoção do sistema, explicou as etapas de internalização pelas áreas técnicas da secretaria e informou sobre o projeto piloto, que que está sendo realizado no Hospital Federal de Ipanema e, posteriormente, nos demais Hospitais Federais do Rio de Janeiro.

“A adoção do AGHU é uma medida estruturante do SUS Digital. O AGHU é um sistema de informação hospitalar que está maduro, sua adoção representa economia de custos, sustentabilidade para o processo de transformação digital, e a interoperabilidade com a Rede Nacional de Dados em Saúde será um passo decisivo para conectar a atenção básica e a hospitalar no SUS”, destacou Ana Estela.

Como contrapartida, o edital estabelece que as Secretarias de Saúde constituam equipes mistas, com profissionais de TI e de saúde, atuando juntos na comunidade e aprimorando as novas versões do sistema. O fato de oferecer acesso ao código fonte também permite que, constantemente, as equipes de tecnologia e de saúde incorporem e aprendam com a utilização, e isso torna esse processo sustentável do ponto de vista econômico.

Economia e gestão de exames

De acordo com Chioro, há estimativas de que o processo de adesão ao sistema poderá resultar em uma economia de cerca de 3 bilhões de reais para os Estados, além da redução significativa dos pedidos duplicados de exames e outros procedimentos.

E detalhou: “São 2 bilhões a serem economizados nos próximos cinco anos, apenas se considerando os custos de implantação do sistema de gestão hospitalar, caso os 3 mil hospitais (dos cerca de 7 mil do país) façam a adesão ao AGHU”. Podem-se somar a essa conta, ainda, mais de 1 bilhão de reais em cinco anos, considerando que 600 novos hospitais poderão aderir à comunidade, investindo apenas na manutenção do sistema.

“Na perspectiva dos gestores, o AGHU será uma grande contribuição ao SUS porque vai trazer mais autonomia e mais eficiência para as secretarias municipais e estaduais de saúde”

Mais Sobre o AGHU

Há tutorias especializadas sobre o AGHU na página da comunidade. De acordo com a EBSERH, o AGHU é instalado localmente em cada hospital e assim fica menos vulnerável a ataques vindos da internet e não é impactado quando a conexão de internet fica lenta.

As secretarias de saúde poderão não só utilizar o AGHU (Modalidade de adesão Tipo 1), mas também solicitar a cessão do Código-fonte ao MEC/EBSERH (Modalidade Tipo 2). Com isso, poderão participar da comunidade de desenvolvimento colaborativo do AGHU e ter mais segurança junto a Órgãos de Controle.

Os dados do AGHU ficam armazenados na própria secretaria de saúde, possibilitando a criação dos painéis de monitoramento (BI) em tempo real. Hoje na Rede Ebserh existem centenas de painéis distribuídos pelos 41 hospitais.

Para aderir à comunidade e baixar o AGHU, acesse: Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários (AGHU) — Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (www.gov.br) e preencha os dados da Secretaria de Saúde.

Via assessoria de comunicação da SEIDIGI/MS.