12/01/2011
Lixo doméstico é o principal foco de Dengue em Roraima
12/01/2011 19h09 - Atualizada em 12/01/2011 19h09
Por bravvo
O Índice de Infestação Predial (IIP) é considerado satisfatório quando é menor de 1%. Boa Vista está em situação de médio risco por apresentar 1,4% do indicador. De acordo com a coordenadora do Departamento de Vigilância em Saúde, Roberta Calandrini, esse índice aponta que o Estado precisa intensificar as ações de combate a dengue.
Segundo ela, hoje, o lixo doméstico é considerado o principal foco de larvas do mosquito. “Quase 60% dos criadouros estão em cascas de ovo, copos descartáveis e tampas de garrafas, por exemplo”. Além do lixo doméstico, lugares de depósito de móveis, vasos, pratos e frascos de plantas estão entre os principais focos aqui no Estado.
As ações de combate a dengue foram intensificadas desde o ano passado por conta do DENV-4. No início de janeiro o Estado intensificou o trabalho nos municípios do Sul. De acordo com Roberta, os agentes de endemias de Mucajaí estão em campo atuando, até o dia 20 de janeiro, na eliminação dos criadouros e borrifação, por exemplo.
Roberta alerta que a população continua sendo o principal aliado no combate a dengue. Por isso, os moradores devem manter os quintais limpos, separar e armazenar de forma correta o lixo, ou seja, conferir se há criadouros em itens como potes, latas e garrafas vazias. “Se a população não colaborar, o Estado pode desenvolver uma epidemia”, afirma.
DENV-4
Há 28 anos o vírus não circulava no País. Até o momento foram 11 casos confirmados em Boa Vista e um no município do Cantá, distante 38 quilômetros da Capital.
De acordo com Roberta, há uma preocupação em relação ao vírus DENV-4. “Esse vírus passou muito tempo sem circular no País, por isso mais pessoas estão pré-dispostas a adquirirem a doença”, explica a coordenadora da Vigilância em Saúde.
Ainda segundo ela, o DENV-4 não é mais perigoso que os demais (DENV-1, DENV-2 e DENV-3). “Estamos trabalhando para evitar a proliferação da doença e contamos com a ajuda dos moradores”, argumenta.
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Assessoria de Comunicação da Secretaria de Saúde de Roraima